Uma  bebê de três meses de idade teve os dois braços quebrados dentro da UTI do Hospital Metropolitano na Lapa, em São Paulo.

A mãe da criança, Juliana Esteves, 20, afirmou que a criança nasceu prematura, no sexto mês de gestação e permanece internada na unidade desde o dia 17 de dezembro.

Na primeira fratura, descoberta no dia 24 de fevereiro, o úmero esquerdo chegou a ser partido ao meio. Juliana contou que, ao visitar a filha, encontrou-a com o braço engessado e, ao perguntar o que teria acontecido, foi informada de que o osso se partiu sozinho.

No dia 27 do mesmo mês, os médicos da UTI pediram que ela se retirasse da unidade enquanto um cateter era colocado na criança. Ao voltar, Juliana observou que o procedimento não havia sido realizado e o braço direito da filha estava roxo. Novamente, foi informada de que ele também havia se quebrado.

Segundo a mãe, a unidade alegou que a bebê sofre de doença metabólica óssea — enfermidade caracterizada pela deficiência de cálcio em recém-nascidos —, o que teria facilitado os rompimentos. No entanto, os pais da criança afirmam que houve negligência dos funcionários da UTI ao manusear sua filha.

“Na minha concepção, foi um erro deles. Em todo esse tempo que passo acompanhando minha filha na UTI, já vi várias mães relatando que seus filhos também sofrem de doença metabólica óssea e falta de cálcio, mas nenhum deles teve ossos quebrados. Não há possibilidade de ela ter a doença dos ossos de vidro; caso contrário, o teste do pezinho teria identificado”, disse Juliana.

Neste momento, a bebê se encontra sedada e entubada. Ela não pode ser transferida para outra instituição por conta do inchaço nos braços.

Outro lado

Em nota, o Hospital Metropolitano afirma que "a menor L. C. M. E. está internada em sua UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal desde seu nascimento, com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar e com todos os cuidados médicos, conforme protocolos clínicos específicos para o tratamento de prematuros extremos".

A nota confirma que a menina sofre de doença metabólica óssea (Osteopenia da Prematuridade) e que a "equipe assistencial da instituição segue em atenção total ao seu quadro clínico. A instituição ressalta que a equipe médica está em contato permanente com Juliana Pereira Molina Esteves, mãe e acompanhante da paciente, informando sobre todos os procedimentos adotados e a evolução do tratamento".