A polícia alemã deteve nesta quinta-feira quatro pessoas após revistar casas em Dortmund (oeste do país), segundo informou a televisão pública regional "WDR", enquanto prossegue a busca em todo o país pelo tunisiano de 24 anos suspeito do atentado contra o mercado de rua natalino de Berlim.

Previamente, um centro de refugiados na cidade de Emmerich, na mesma região que Dortmund, tinha sido revistando, onde segundo veículos de imprensa locais Anis Amri, o suposto envolvido no ataque de segunda-feira em Berlim, com 12 mortos e 50 feridos, tinha morado.

Estas informações não foram confirmadas pela polícia, que diz que as investigações estão a cargo do Ministério Público.

Amri, segundo a citada televisão pública da Renânia do Norte-Vestfália, o estado federado ao qual pertence Dortmund, teve contatos com um destacado membro do coletivo radical salafista da região, em cuja casa havia residido.

O Ministério Público emitiu ontem uma ordem de detenção europeia contra o tunisiano e ofereceu até 100 mil euros de recompensa por pistas que ajudem a encontrá-lo.

Amri, chegou à Alemanha em meados de 2015 e solicitou asilo, embora tenha sido negado, residiu nos últimos meses entre Renânia do Norte-Vestfália e Berlim e se transformou na pessoa mais procurada na Alemanha após serem encontrados na cabine do caminhão documentos com seu nome.

O jovem, vigiado pelas autoridades de Berlim até setembro e incluído nas bases de dados das forças antiterroristas, centra as suspeitas das forças de segurança depois que na terça-feira o único detido após o ataque, que foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), foi posto em liberdade.

Veículos de imprensa berlinenses haviam informado ontem à noite sobre outras duas revistas na capital alemã, que posteriormente foram desmentidas pela polícia.