O engenheiro Alexandre José da Silva Neto, que matou o próprio filho na tarde de terça-feira (15), no Setor Aeroporto, em Goiânia, teria perseguido o rapaz, de 20 anos, em sentido contrário ao da via enquanto efetuava os disparos que vitimou o estudante Guilherme Silva Neto. As informações são da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), responsável pela investigação do caso.

Conforme a DIH, pai e filho teriam discutido durante a manhã porque o estudante queria participar do protesto contra a reintegração de posse da Reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), na qual ele cursava Matemática. O pai teria proibido a ida do jovem.

Ainda assim, o rapaz saiu de casa com destino ao Câmpus Samambaia da UFG, no Setor Itatiaia, em Goiânia. O pai teria esperado o estudante, em seguida, ao vê-lo iniciado a perseguição na Rua 59-A.

Uma testemunha relatou à Polícia Civil que Guilherme tentou correr até a Rua 25-A, mas foi seguido pelo pai que efetuava os disparos. O homem chegou a recarregar a arma. O jovem foi a óbito ainda no local.

A DIH afirma que o engenheiro, então, se ajoelhou ao lado do corpo do filho e deu um tiro na boca. O estudante morreu no local e o pai foi socorrido ainda com vida. Ele foi levado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde morreu.

Na mochila do estudante os policiais encontraram uma máscara, uma barra de ferro e uma machadinha. Com o pai, foi apreendida uma pistola 6.5 usada no crime e dois carregadores.

“O pai era contra, entre outras coisas, com o jeito revolucionário do filho, participante do movimento estudante e contrário às medidas governamentais”, diz o boletim de ocorrência.