O Ministério da Saúde atualizou nesta quinta-feira (26) os dados dos casos e dos óbitos em decorrência da febre amarela no país. Nessa nova contagem Goiás entra com a suspeita de um caso de infecção seguido de óbito. O registro foi feito pela Secretária Estadual de Saúde do Distrito Federal e uma contaminação ocorrida na cidade de Luiziânia. 

O primeiro caso investigado em Goiás foi na cidade de Piranhas, a cerca de 325 quilômetros de Goiânia. Um andarilho que estava em Minas Gerais e que chegou ao Estado com sintomas semelhantes ao de febre amarela na segunda-feira (23). 

Ele foi levado para uma unidade de saúde onde recebeu atendimento. Uma equipe da Secretária de Saúde foi enviada para a cidade para recolher material para exame e o resultado deu negativo. O estado de saúde do homem, o resultado do teste e da contraprova, além dos planos de ação da Secretaria de Saúde contra a febre amarela serão apresentados na manhã desta sexta-feira (26), na sede da SUVISA.

O Estado do Goiás está na área em que há recomendação para vacina contra febre amarela. 


Outros casos

O Ministério da Saúde registrou 550 casos suspeitos de febre amarela. Do total, 455 casos permanecem em investigação, 72 foram confirmados e 23 descartados. Dos 105 óbitos notificados, 40 foram confirmados e 65 ainda são investigados. Os casos foram registrados em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, que já descartou todos os casos notificados. Minas Gerais continua sendo o estado com o maior número de registros até o momento.


Vacinação desnecessária

Especialistas em infectologia defendem maior controle dos programas de imunização contra a febre amarela nas cidades, mas alertam também para vacinação desnecessária.
A febre amarela do tipo silvestre (em áreas rurais) já matou três pessoas no Estado de São Paulo. Em Minas Gerais, há surto da doença.

Essencialmente, a vacina -que está no calendário nacional de vacinação- deve ser aplicada nas pessoas que vivem ou que viajarão para regiões onde há ou já houve registros da doença. Os sintomas dela são febre, dores no corpo, náuseas, vômito e, nos casos graves, insuficiência renal, icterícia (cor amarelada da pele) e hemorragias.

Membros da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) ressaltam que a vacina pode gerar reações adversas, que prejudicam especialmente idosos, gestantes e mulheres em fase de amamentação.


A doença

A febre amarela é transmitida pelo mosquito Haemagogus sabeths e apresenta como principais sintomas a febre alta, calafrios, cansaço, dores de cabeça e musculares, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença pode ocorrer icterícia, isto é, olhos e pele amarelados, além de insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.