No último debate presidencial na França entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen, o candidato do Em Movimento foi considerado o mais convincente por 63% dos telespectadores em uma pesquisa feita pela emissora pública "BFM TV".

Além disso, os 1.314 entrevistados destacaram que ele foi "mais honesto", mais "alinhado" com o pensamento dos eleitores e tem "os melhores planos". Outras pesquisas feitas pelos principais jornais franceses com seus leitores apontaram que o candidato centrista foi melhor do que a líder ultranacionalista.

O debate entre os dois, que foi definido pela imprensa francesa como uma "luta de boxe", reuniu mais de 15,1 milhões de pessoas em frente à TV no país. O número só é menor daquele realizado em 2012, entre Nicolas Sarkozy e François Hollande, quando 17,8 milhões de telespectadores acompanharam a conversa.

O tom agressivo do confronto foi o destaque da imprensa francesa, que considerou algo inédito nessa fase da corrida eleitoral. Atacado por ter feito parte do governo de Hollande, Macron disse após o debate que "precisou se defender" e esclarecer as "mentiras" que o partido de Le Pen, a Frente Nacional, publica nas redes sociais.

Os franceses vão às urnas neste domingo (7) para definir quem será o próximo presidente da França. As últimas pesquisas de opinião, publicadas antes do debate, mostram que Macron tem 59% das intenções de voto contra 41% de Le Pen.

Investigação da Procuradoria

Entre algumas das "mentiras" apresentadas por Le Pen, segundo Macron,  está a de que ele teria contas escondidas ou empresas offshores nas Bahamas.
Por conta disso, seu comitê apresentou uma denúncia contra Le Pen. A candidata, por sua vez, disse que "não tem provas" sobre uma possível conta dele nas Bahamas, mas "que não quis fazer uma insinuação".

Nesta quinta-feira (4), a Procuradoria de Paris acolheu o pedido do comitê do candidato e abriu uma investigação contra Le Pen.

De acordo com a denúncia, a candidata "usou uma notícia falsa" para "orientar os votos presidenciais".