Um médico cubano do programa Mais Médicos do governo federal foi encontrado morto em um hotel de alto padrão no centro de Brasília na tarde desta segunda-feira, 31. A Polícia Civil do Distrito Federal trabalha com a suspeita de suicídio. O médico foi encontrado com um lençol enrolado no pescoço e pendurado na janela, para o lado de dentro do quarto.

 

O nome do cubano não foi divulgado pelo Ministério da Saúde. O transporte do corpo será realizado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), entidade internacional que faz a intermediação da contratação entre os governos brasileiros e cubanos. A previsão do translado pela Opas consta do contrato assinado pelo Brasil com a entidade.

De acordo com o Ministério da Saúde, o homem tinha 52 anos e estava em Brasília aguardando a designação do município para o qual seria enviado.

 

Não foi informado quando o médico chegou ao País nem se ele já havia concluído o período de treinamento ao qual todos os estrangeiros são submetidos. O corpo foi encontrado por uma camareira. A Polícia Civil trata a hipótese de suicídio como a mais provável porque não havia sinais de violência ou arrombamento do quarto, segundo o trabalho da perícia. O lençol que estava no pescoço do médico estava preso a uma estrutura da janela.

 

O Mais Médicos foi lançado pelo governo no ano passado e a contratação de milhares de médicos cubanos provocou polêmicas nos últimos meses depois que alguns deles abandonaram o programa. A maior parte dos R$ 10 mil repassados pelo governo brasileiro ficam com o regime cubano dos irmãos Fidel e Raul Castro. Em março, o governo brasileiro anunciou um acordo com Cuba e a Opas para ampliar o valor repassado diretamente aos profissionais. Eles passaram a ter direito a US$ 1.245,00 (aproximadamente R$ 2,8 mil).