A Polícia Federal (PF), que deflagrou a segunda fase da Operação Sexto Mandamento na manhã desta sexta-feira (11), informou que o grupo de extermínio formado por policiais militares em Goiás agia a mando de fazendeiros e empresários do norte da região.

Segundo reportado pelo G1, as investigações da PF apontaram que eles eram contratados e pagos de diversas formas. Mais de 140 policiais federais foram a três cidades de Goiás cumprir mandados contra PMs acusados de integrar grupos de extermínio. Segundo o responsável pela investigação, o delegado Milton Rodrigues Neves, na casa dos investigados, os federais ainda apreenderam três armas de fogo – duas irregulares – 700 gramas de maconha e mais de R$ 30 milhões em espécie, jóias e outros itens. Um advogado está foragido.

A suspeita é que o grupo tenha feito ao menos cem vítimas. Até o momento, duas pessoas foram presas temporariamente. Também foi expedido pela Justiça Federal 17 mandados de condução coercitiva – quando a pessoa é obrigada a depor. O tenente-coronel Ricardo Rocha, do Comando de Policiamento da Capital da PM goiana, é um dos alvos.

Na manhã desta sexta-feira (11), o vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás, José Eliton (PSDB), afirmou que confia no trabalho de Ricardo e que não há qualquer irregularidade na atuação dos policiais militares.