O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, afirmou nesta sexta-feira que a França está dando "todos os passos necessários" para pôr fim ao sequestro em andamento em um hotel de Bamaco, capital do Mali, onde hà cerca de 170 reféns.

"Atualmente há uma ação das forças malinesas, e no que diz respeito aos franceses, estamos dando todos os passos necessários para resolver a crise", indicou Fabius em entrevista coletiva em Nova Délhi, quando disse que foram ativadas "unidades de crise" na França e em sua embaixada no Mali.

Fabius, que está na Índia preparando a cúpula da mudança climática (COP21) de Paris, afirmou que esses combatentes que dizem lutar pela "libertade" são na realidade "assassinos" que se irritam com qualquer um que não compartilhe seu "ideologia".

"Não é possível negociar com eles, porque só querem matar todos aqueles que não aceitam sua dominação e, portanto, temos que combatê-los nacional e internacionalmente", advertiu.

Ele criticou os jihadistas por justificarem suas ações na "religião, que muito frequentemente diz exatamente o contrário do que eles predicam", e destacou que a "vida ideal" que prometem é na realidade "matar gente e ser morto".

O ministro está em contato com o embaixador da França no Mali, Gilles Huberson, e com o governo em Paris.

A Gendarmaria francesa enviou 40 agentes das forças especiais de intervenção (GIGN) e "uma dezena" de agentes da polícia científica ao Mali, informou à Agência Efe um porta-voz das forças de segurança da França.

As forças de segurança malinesas lançaram uma operação para libertar os 170 reféns retidos no sétimo andar do hotel Radisson de Bamaco. Houve várias mortes.

A Efe constatou no local que havia vários cidadãos estrangeiros entre os reféns libertados pelas forças de segurança.