A comissão técnica da seleção brasileira concluiu que o maior problema do time é a cabeça dos jogadores. Luiz Felipe Scolari e o coordenador Carlos Alberto Parreira, com auxilio de psicólogos, vão se reunir com os atletas ainda nesta noite de segunda-feira para tentar reverter a situação. Felipão e Parreira têm claro que se controlarem o estado emocional dos atletas, a seleção vai voltar a jogar um bom futebol.

Em conversa informal com um grupo de jornalistas, no início da noite desta segunda-feira na Granja Comary, o comando da comissão técnica argumentou que é preciso menos coração e mais razão daqui para frente. Não é preciso mais tanto choro. Felipão e Parreira já detectaram alguns jogadores que estão com a adrenalina acima do normal e vão fazer tudo para aliviar a tensão geral.

Os dois entendem que o pior já passou com classificação às quartas de final da Copa. Parar no Chile nas oitavas de final seria o maior vexame da história da seleção, na opinião da comissão técnica. Tragédia maior do que a derrota na final da Copa de 1950. Como essa etapa foi superada, acreditam Felipão e Parreira, a tendência é o time jogar com mais alegria e menos emoção.

O desafio agora é superar as quartas de final. Eles lembram que nas duas últimas edições da Copa (em 2006 e 2010), o Brasil parou justamente nas quartas de final. Na avaliação deles, o jogo contra a Colômbia, sexta-feira, em Fortaleza, vai ser menos dramático porque não será uma guerra. Se fosse o Uruguai o adversário, a tendência é que a seleção teria uma outra batalha pela frente no mesmo padrão que foi contra o Chile no último sábado.