O ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes pode ser solto caso a Justiça aceite o pedido de anulação da certidão de óbito de Eliza Samúdio. A defesa do atleta entende que se o corpo não foi achado, não há crimes e nem acusados e por isso, a certidão não poderia ter sido feita e assim como Bruno, os demais suspeitos seriam soltos.

Os desembargadores Doorgal Andrada, Corrêa Camargo e Eduardo Brum aceitaram o pedido dos advogados de Bruno, mas ainda não há data para o novo julgamento.

Bruno segue preso na Região Metropolitana de Belo Horizonte, após ser condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, fruto do relacionamento com a jovem desaparecida em 2010.

Em janeiro de 2013, a juíza de Contagem, Marixa Fabiane Rodrigues, determinou a expedição da certidão de óbito de Eliza, a pedido do promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro e da mãe da jovem. Eles fundamentaram a solicitação no fato de que o júri considerou que Eliza foi assassinada.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais entendeu que a sentença pode ser executada no âmbito cível, para efeito da reparação de danos, ponderando também que o registro civil da morte resguarda os direitos do filho da vítima.

O advogado de Bruno recorreu da decisão. Entre os argumentos, a expedição do documento antes do julgamento do goleiro, o que pode ter influenciado os jurados.