O Ministério Público deflagrou uma operação contra o pagamento de propina a funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Goiás, na manhã desta terça-feira (21).
A operação S.O.S SAMU cumpre 24 mandados de prisão temporária e 43 de mandados de busca e apreensão em Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Trindade.
A operação é realizada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Centro de Inteligência do MP e conta com o auxílio de 39 promotores de Justiça e apoio da Polícia Militar.
Durante as investigações, foi descoberto um esquema de pagamento de propina a alguns funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Goiânia para que pacientes atendidos, que possuíssem planos de saúde, fossem direcionados a determinadas UTIs, fraudando a respectiva regulação do acesso aos leitos de Unidade de Terapia Intensiva.
O pagamento da propina a alguns funcionários do SAMU foi realizado por médicos e por responsáveis e proprietários de UTIs. Assim que atendido, o paciente com plano de saúde era levado para unidades de UTI particulares e não para hospitais vinculados ao SUS.
Em alguns casos houve o encaminhamento às UTIs sem necessidade. Os envolvidos são suspeitos da prática de crimes de associação criminosa, de corrupção ativa e de corrupção passiva.
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