José Maria Tomazela
Estadao ConteudoSegundo ela, o período chuvoso deve se estender até o início de abril, mas as chuvas deste início de ano estão 50% abaixo do esperado. A preocupação do consórcio é assegurar uma reserva técnica para o período seco, que deverá ser pior que o enfrentado pelas bacias PCJ em 2014. "Hoje, com toda a chuva, a maioria desses municípios já enfrenta restrição no abastecimento e muitos estão com racionamento", disse. A entidade produziu um estudo técnico sobre o armazenamento de águas pluviais que está sendo encaminhado aos municípios e às trinta empresas associadas do consórcio. Os projetos de aproveitamento de água não potáveis seguem os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
De acordo com a gerente, as prefeituras podem construir piscinões que, além de servir para evitar alagamentos, reservam água para uso em emergências. Também estão sendo orientadas a cadastrar lagos e represas particulares para eventual requisição da água. Durante o encontro, também foi discutida a perda de água tratada durante a distribuição que, na região do consórcio, é de 37%. Os principais vilões são os encanamentos velhos e hidrômetros obsoletos. Também foi reforçada a necessidade de incentivar campanhas de reúso e uso racional.
Vazão
As chuvas dos últimos dias elevaram o nível dos rios que compõem as bacias do PCJ, mas Andréa considera que é uma situação enganosa. "São rios pouco profundos e, da mesma forma que enchem, as vazões baixam de forma muito rápida." Segundo ela, é essencial para os rios das bacias a recuperação das represas do Sistema Cantareira que, apesar das chuvas, continuam com nível crítico. "O solo não está retendo água e o cenário para o período seco não é bom." No ano passado, no início da estiagem, o Cantareira tinha 10% do volume útil. "Este ano, estamos no negativo", disse.
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