Uma criança de seis anos que estava desacompanhada e deveria viajar do Rio de Janeiro a Vitória acabou indo, por erro da Gol, para Curitiba. Em nota, a empresa reconheceu o erro e pediu desculpas.

Segundo o pai do menino, Wanderson Romão, 32, que publicou um relato em uma rede social, a criança mora com a mãe no Rio e iria ao Espírito Santo comemorar o aniversário do pai.

Ele conta que era a primeira vez que o filho viajaria desacompanhado, com autorização judicial para voar apenas para os estados do Rio, Espírito Santo e São Paulo (onde possuem familiares). Pagou R$ 750 pelas passagens, com uma taxa extra de R$ 100 pelo serviço de acompanhamento.
A mãe da criança se despediu do filho no aeroporto do Galeão às 16h, segundo Romão. Às 18h20, quando começou o desembarque do voo no Espírito Santo, ele não apareceu. "Daí começou o desespero", escreveu o pai.

Ele conta que entrou na sala de desembarque e questionou funcionários da empresa e do aeroporto, que pouco ajudaram. Ainda perguntaram se a passagem foi comprada por milhas, segundo Romão.

Só conseguiu assistência, diz, quando acionou a Polícia Federal no aeroporto. "Ninguém estava acreditando, a vó da criança, eu, a mãe, meus amigos. O mundo caiu!", disse o pai.

Após mais de uma hora de tensão, conseguiram localizar o garoto em Curitiba. O pai diz que não conseguiu falar com o menino por telefone e que a criança viajou sem a companhia de um funcionário da empresa -a Gol nega.

Para reparar o problema e levar o menino de volta a Vitória, a única opção era um voo com escala no Rio, conta Romão. Nervoso com a situação, ele diz ter preferido que a criança ficasse no Rio com a mãe e nem fosse para Vitória, para evitar transtornos. O pai diz que vai entrar na Justiça contra a empresa.

OUTRO LADO

Em nota, a Gol reconheceu que "houve uma falha no procedimento de embarque da criança, ocasionando a troca do voo", pediu desculpas à família e disse que "adotará medidas para evitar que situações como essa voltem a acontecer".

A empresa, no entanto, negou que a criança ficou desacompanhada. "A companhia reforça que a todo momento o menor esteve assistido por um colaborador da Gol e que imediatamente manteve contato com a família para prestar a assistência necessária", diz.