Quem quiser observar o cometa Catalina nos próximos dias poderá fazer isso sem muita dificuldade.

O cometa passou pelo ponto mais próximo ao Sol (periélio) em 15 de novembro, a 123 milhões de quilômetros de distância do astro. O momento de maior aproximação da Terra será no domingo, 17 de janeiro, quando passará a 108 milhões de quilômetros de nosso planeta.

Descoberto em outubro de 2013, o Catalina (C/2013 US10) procede da Nuvem de Oort, a grande reserva de cometas que existe no Sistema Solar exterior, a 1 ano luz de distância do Sol.

"O Sistema Solar tem duas partes, o interior abriga os planetas e o exterior é onde está a Nuvem de Oort", disse à Agência Efe o astrônomo espanhol Miquel Serra-Ricart.

De acordo com Serra-Ricart, o Catalina será estudado pelos cientistas que tentarão obter a maior quantidade de informação possível sobre seu estado dinâmico, sua rotação e sua composição com espectros. Em geral, os cometas são importantes porque são fósseis da formação do Sistema Solar e contêm informações da origem dos sistemas planetários.

Quando, além disso tudo, o cometa ainda procede da Nuvem de Oort o interesse científico torna-se ainda maior porque "vêm de uma nuvem originária do Sistema Solar e têm informações sobre seu início", esclareceu o astrônomo.

Embora o Catalina fique visível até meados de fevereiro, o melhor momento para a observação será na semana que vem.

"Ele já pode ser visto, mas será muito mais fácil notá-lo nos dias 10 e 11 de janeiro e no dia 17, quando vai acontecer seu perigeu (ponto mais próximo à Terra)", anunciou o cientista.

Segundo ele, para observá-lo o mais importante é saber sua localização.

"A olho nu, as pessoas verão uma mancha verde, porque seu núcleo é esverdeado. Com a ajuda de um binóculo já será possível ver mais alguns detalhes, como suas duas caudas", explicou o astrônomo.