A barragem da Samarco que se rompeu em Mariana (MG) no dia 5 de novembro, deixando 19 mortos, voltou a apresentar um deslizamento de lama nesta quarta-feira (27). A mineradora confirma a informação, mas diz que o incidente é de pequena proporção e que não há vítimas.

Os funcionários da empresa, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, foram evacuados do local.

De acordo com a Defesa Civil de Mariana, os materiais que deslizaram são sedimentos do rompimento anterior que se acumularam e não devem atingir os cursos de água da região.

A prefeitura da cidade diz que foi avisada pela Samarco que o incidente não representa risco à região.

A Samarco informa que o que aconteceu foi uma movimentação de parte da massa residual da Barragem de Fundão devido as chuvas das últimas semanas. "De forma preventiva e seguindo seu Plano de Emergência, os empregados, que atuam próximo à área afetada, foram orientados a deixar o local. Não houve a necessidade de acionamento de sirene por parte da empresa", diz a nota.

A empresa ressaltou ainda que o volume deslocado permanece entre a barragem de Fundão e Santarém, dentro das áreas da Samarco.  As estruturas das barragens de Germano e Santarém permanecem estáveis com base no continuo monitoramento, conforme informou a Samarco.

O Ministério Público de Minas Gerais, que investiga a tragédia, enviou uma equipe ao local para apurar o problema.

Além de Fundão, há outras duas barragens da Samarco no local, que ficaram de pé, mas sofreram danos estruturais: Germano e Santarém. Estudo encomendado pela mineradora aponta que o rompimento das duas pode causar um desastre maior que o anterior.