Com dificuldades para atender pessoas gravemente feridas pelo maior ataque a bomba da história da Somália, o número de vítimas fatais do atentado subiu para, ao menos, 215, declararam autoridades locais. Já a conta das pessoas feridas, mas ainda com vida, ultrapassa a marca de 300 pessoas, confirmaram à Agência Efe fontes dos serviços de saúde do país.

Com queimaduras graves, o atendimento médico não está dando conta do volume expressivo de feridos. Autoridades ainda temem que o número de fatalidades do ataque no centro de Mogadiscio, a capital do país, pode aumentar. Famílias seguem e equipes de resgate seguem vasculhando escombros no trabalho de busca por desaparecidos.

Os Estados Unidos condenaram o ataque na Somália. "Ataques covardes como este revigoram o compromisso dos EUA em ajudar nossos parceiros africanos no combate ao terrorismo", diz comunicado.

Por enquanto, embora a mídia local e analistas considerem certo que Al Shabab está por trás do atentado, o grupo ainda não reivindicou a autoria do ocorrido.

Atentado

Um ataque de um caminhão-bomba deixou dezenas de mortos  e feridos no centro de Mogadiscio, na capital da Somália, informou a polícia neste sábado (14). Aparentemente, a explosão tinha como alvo um hotel em uma rua movimentada no distrito de Hodan. Forças de segurança estavam rastreando o caminhão, que havia levantado suspeitas, disse o capitão da polícia Mohamed Hussein.

Segundo as autoridades locais, pessoas estavam presas nos escombros do Safari Hotel, que ficou destruído na explosão, e equipes de resgate seguiam trabalhando no local. O hotel fica perto do Ministério do Exterior da Somália.

O grupo extremista al-Shabab, sediado na Somália, recentemente intensificou os ataques contra bases do exército em todo o sul e centro da Somália e muitas vezes almeja áreas de alto perfil de Mogadiscio.

A explosão ocorreu dois dias após um encontro entre o chefe do Comando dos EUA na África e o presidente da Somália e também dois dias depois do ministro da Defesa e do chefe do exército do país renunciarem por motivos não revelados.

Neste ano, militares norte-americanos intensificaram ataques de drone e outros esforços contra o al-Shabab na Somália. Fonte: Associated Press.