Os irmãos gêmeos norte-americanos Scott Kelly e Mark Kelly, não são mais iguais. É o que revelam os resultados de vários estudos feitos pela Nasa com os dois para testar os efeitos de estadias prolongadas no Espaço.

O astronauta Scott Kelly ficou 340 dias no espaço e já no dia seguinte foi possível perceber que ele estava com cinco centímetros a mais que o irmão Mark.

As análises, que foram apresentadas no Texas e publicadas pela revista especializada "Nature", foram lideradas pelo geneticista Christopher Mason, da Cornell University de Nova York, e fazem parte do Programa para a Investigação Humana da Nasa.

"Os dados são tão frescos que alguns deles acabaram de sair das máquinas para o sequenciamento", disse Mason na coletiva. Agora, o desafio é compreender quais foram as mudanças causadas pela ausência de gravidade e quais as variações naturais do corpo.

Uma das mudanças que mais chamou a atenção até agora foi a alteração no tamanho dos "telômeros", as estruturas que ficam no fim dos cromossomos. Após a viagem, Scott mostrou esses telômeros maiores que Mark, que também é ex-astronauta, em um sinal de pouco "envelhecimento". As estruturas protegem os cromossomos humanos da deterioração e vão encurtando com o passar dos anos.

Entre os motivos para acontecer esse fenômeno, está a possibilidade do corpo do ex-astronauta de ter "feito um exercício e reduzir a ingestão de calorias" necessárias durante a missão. No entanto, os especialistas perceberam que eles voltaram a ficar menores durante o tempo que ele está na Terra.