Um incêndio na ala de maternidade de um dos maiores hospitais de Bagdá nesta quarta-feira (10) matou ao menos 11 recém-nascidos na capital do Iraque.

"Onze crianças prematuras morreram em um incêndio na unidade de maternidade do hospital público de Yarmouk", afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde iraquiano, Ahmed al Rudeini. Segundo ele, o fogo foi provocado por um curto-circuito.

O diretor do hospital, Saad Hatem Ahmed, disse que 29 pacientes mulheres e oito bebês foram transferidos para outro hospital.

Pai de gêmeos que morreram no incêndio, o operário Hussein Omar, 30, afirmou à agência Associated Press que, ao saber do incêndio, foi até o hospital de Yarmouk. Funcionários pediram que ele procurasse os filhos, um casal nascido na semana passada, em outro hospital, para onde os pacientes estavam sendo transferidos.

Omar não conseguiu encontrar os filhos e retornou a Yarmouk. Foi quando pediram a ele que procurasse os bebês no necrotério. "Eu quero meu garotinho e minha garotinha de volta. O governo tem que me devolvê-los."

A maioria dos hospitais públicos de Bagdá padecem com a falta de serviços de qualidade, o que leva muitos iraquianos a utilizar estabelecimentos privados.

Com a falta de manutenção, falhas elétricas são comuns não só na capital, mas em todo o país. Contribuem para isso a falta de escadas de incêndio e o fato de fornecedoras de material de construção não seguirem padrões internacionais de segurança.