Um dia após declaração do ministro Gilberto Kassab confirmando o limite de dados da banda larga fixa brasileira, o conglomerado ativista Anonymous se manifestou nas redes sociais e prometeu iniciar uma guerra contra as autoridades que regulam o setor. O anúncio foi feito por duas das células mais conhecidas do grupo, a AnonBRNews e a AnonOps nesta sexta-feira (13). O grupo compartilhou uma imagem com os dizeres “não se atrevam”.

Essa não foi a primeira vez que o Anonymous se posicionou contra a possível alteração na maneira como os planos de banda larga fixa são comercializados no país. No ano de 2015, o grupo atacou a Anatel. Na época, os hackers que participaram do ataque contaram ao site Olhar Digital que a agência cometeu um ato de “traição” perante seus consumidores, que viam a instituição como um escudo contra as ações do mercado de telefonia brasileiro.

A polêmica do fim da banda larga fixa ilimitada começou quando algumas operadoras, em especial a Vivo, sinalizaram que pretendiam adotar planos com pacotes de dados semelhantes aos comercializados na internet móvel. Os consumidores não aprovaram as mundanças e logo protestaram contra as empresas e também contra a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel. 

Curiosamente, o Ministério da Ciência e Tecnologia foi quem lutou contra a Anatel no caso. Foram eles que enviaram um ofício à entidade de defesa do consumidor Proteste. Assinado por Maximiliano Martinhão, secretário de inclusão digital e internet da pasta, o documento informa que as companhias não poderão adotar práticas de redução de velocidade, suspensão de serviço e cobrança de tráfego excedente após o esgotamento da franquia. A medida tinha validade por tempo indeterminado.