Entre as mulheres a ordem era a customização. Entre os homens, os adereços foram adotados para sair da mesmice e se diferenciar do restante do público. Independente do sexo, o brilho extrapolou o imponente palco do Villa Mix e se tornou um espetáculo à parte entre o público do evento.

A combinação do dourado e preto do abadá do Backstage ditou a tendência, nas roupas, maquiagem e acessórios. O calçado foi quase unânime: a bota de cano altíssimo (acima do joelho) mostrou que veio para ficar, ou pelo menos enquanto as temperaturas mais amenas deixarem.

A montagem de look completo varia entre R$ 300 a R$ 400, segundo as mulheres ouvidas pela reportagem do O POPULAR. Somente a customização do abadá custa, em média, R$ 120, que combinada com maquiagem, cabelo e demais acessórios completava o valor final.

E quanto tempo a produção leva? A coordenadora de Call Center, Karina Sheila, de 30 anos, foi a campeã em agilidade: por volta de 1h30. Para não gastar muito tempo, Karina contou ter feito a própria maquiagem e apostado em cabelos mais soltos. A inspiração veio das blogueiras de moda, em especial Tássia Neves e seus looks para shows e festivais.

No entanto, não era raro ouvir a duração de 5h a 6h para que todo o visual fosse montado. E se algo saísse do lugar, o Backstage contava com estrutura e profissionais da beleza para atender homens e mulheres para aquele retoque desejado.  

“A inspiração é o sertanejo, com franjas, rendas e couro”,  avaliou a digital influenciadora Pricylla Pedrosa sobre o público feminino e sua própria composição.

Para Pricylla, a temperatura foi ideal para o clima sertanejo das roupas. “Se não tivesse friozinho talvez estivesse com muito calor”, confessou. Ainda assim, o tempo fresco relatado por ela não foi barreira para decotes, saias e bermudas curtas ganhassem destaque.

Traz tudo que pisca

Para os homens, a ordem era piscar, seja em óculos ou bebidas. No entanto, acessórios que identificassem grupos também foram usados e muito. Um grupo vindo de Belo Horizonte resolveu adotar véus, bem no estilo do filme “Se Beber Não Case”, tudo para comemorar uma despedida de solteiro. O resultado da aventura entre amigos e experiência do primeiro Villa Mix foi considerado por Pedro Mesquita, de 21 anos, o melhor dia de sua vida.

Os óculos eram vendidos na loja de produtos oficiais da Villa Mix. As “bebidas que piscam” também possuíam valor extra ao pago para a entrada, o que não foi problema para um grupo do Rio de Janeiro que afirmou ter vindo em todas as edições e não saber ao certo quantas unidades já haviam pedido.

Ainda que sem abusar de muito brilho ou ostentação, quem não passava despercebido entre as mulheres era o Mister Brasil Universo, Breno Reis, que fez do evento um descanso antes da competição deste ano. “Embarco semana que vem para Punta Cana, onde vou tentar o título de 2016. Minha preparação começou já faz um bom tempo, mas eu tinha que estar aqui”, relatou.

Melhor trabalho

No meio do brilho de correntes, paetês, renda, óculos e as famosas “bebidas que piscam” quem chamava, mesmo, a atenção era o atendente de bar Rodolfo Nascimento, de 31 anos. O trabalho de servir os presentes e carregar caixas era feito no ritmo da música, com direito à canto bem alto e coreografia.

Quem chegava ao bar montado entre as áreas Backstage e Vip logo cedia ao sorriso de ver a empolgação de Rodolfo. “Esse é o melhor trabalho do mundo, além de receber eu ainda me divirto. Valeu muito a pena ter vindo para cá, ganho o meu, vejo meus ídolos e ainda fico observando esse povo bonito”, brincou em referência ao público.

E, na avaliação do atendente, público que levou nota 10 não somente na beleza, mas também na animação e simpatia. “Aqui só deu gente bonita, bacana, boa e educada que trata a gente super bem.” A grande espera da noite era a dupla Simone e Simaria, a qual ele acompanha desde o início da carreira.

Festa 100%

“Foram três meses de ansiedade, mas valeram a pena”, confessou a operadora de caixa Sabrina Fernandes, de 30 anos, ao avaliar o evento. Reclamações eram quase inexistentes entre olhares fixados em show de música e também de luzes vindas do palco. O difícil mesmo era só escolher a atração favorita.

Quando era dito “Wesley Safadão” ou “Anitta” logo alguém aparecia lembrando que ainda havia “Jorge e Mateus”, “Matheus e Kauan”, “Simone e Simaria”, “Chitãozinho e Xororó”, “Bruno e Marrone” e o DJ “Alok”, atração mais aguardada pelo deputado estadual Virmondes Cruvinel (PPS).

A própria reação do público demonstrou a dificuldade em decidir qual show seria o mais aguardado da noite. A cada nova dupla no palco ou DJ gritos, coro e lágrimas vinham de todos os lugares. Bastava que a atriz Mariana Rios entrasse para anunciar quem subiria no palco com um trecho de uma música para que o público ficasse enlouquecido.

Vai de Uber

No estacionamento do Estádio Serra Dourada foi montada uma estrutura exclusiva para os carros do serviço de transporte Uber. Os táxis tinham acesso apenas à parte externa. Logo, ao sair do portão do Backstage Golden Prime, área mais “nobre” do evento, o público se deparava com vários veículos. Era necessário passar por ela.

Motoristas e equipe do evento questionavam quem saía qual era a forma de retorno para a casa. “Vai de Uber, é mais seguro e mais barato”, diziam a quem passava.

Enquanto isto, na Avenida Fued José Sebba uma fila de táxi se formava.