O "Diário de Anne Frank" está no centro de uma disputa judicial, entre os que defendem que a obra deverá estar livre de direitos autorais a partir de 2016 e a fundação criada pelo pai da jovem, que é sediada na Basiléia, na Suíça.

A Fundação Anne Frank é proprietária dos direitos de edição do "Diário", apontando ainda que Otto Frank é o coator dos escritos, por isso, os direitos autorais não expirariam no ano que vem, conforme publicou nesta terça-feira (17), o jornal holandês "Volkskrant".

A lei vigente na Holanda aponta que os direitos autorias de propriedade intelectual de uma obra expiram 70 anos após o falecimento do autor. Anne morreu em março de 1945, no campo de concentração alemão de Bergen-Belsen.

Otto, que até hoje era considerado apenas editor do "Diário", morreu em 1980, com isso, a Fundação exige que a data para que caia em domínio público seja 2050.

Por outro lado, a fundação que administra a casa onde Anne e a família se refugiraram durante a Segunda Guerra Mundial, hoje transformada em museu, declarou que os direitos autorais expiram no ano que vem, conforme publica o "Volkskrant".

A organização, aliás, anunciou que prepara uma nova edição, "livre", do "Diário de Anne Frank", obra que está da lista de patrimônio da literatura mundial e documentário da Unesco, já tendo sido traduzida em 70 idiomas, em 100 países diferentes.