A briga protagonizada pelas torcidas de Goiás e Vila Nova no clássico do sábado (24) - vitória colorada por 2 a 0 -, culminou na interdição do Estádio Serra Dourada. A medida foi tomada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Ronaldo Botelho Piacente, na noite desta quarta-feira (28), atendendo a um pedido da Procuradoria do órgão. Além da interdição da praça, os clubes foram denunciados por não prevenirem e reprimirem as desordens após o fim da partida. 

A Procuradoria destacou que o “local da geral, interditada, mas de facílimo acesso, foi transformada em cenário de selvageria. Enquanto for possível, ou ao menos, fácil, o acesso à geral, não haverá segurança no estádio”. Levando em conta também as recentes condutas das torcidas de Vila Nova e Goiás, a Procuradoria solicitou a interdição do Serra Dourada até que seja providenciada uma barreira física ou qualquer outra solução efetiva que impeça o acesso de torcedores por meio das arquibancadas até a geral.

Para ser liberado, segundo determinou o presidente do STJD, deverá haver, além das intervenções solicitadas pela Procuradoria, uma vistoria da CBF e a apresentação de laudos obrigatórios para o pleno funcionamento do estádio e segurança dos torcedores e público em geral.

Com a denúncia, Goiás e Vila Nova podem receber punição de perda do mando de campo de 1 a 10 partidas na Série B. Além disso, a pena prevê aplicação de multa que varia entre R$ 100 e R$ 100 mil. O julgamento do processo ainda não foi agendado.

No próximo final de semana, o estádio não receberia jogos por conta da realização do Festival Villa Mix, cujo palco ocupará o estacionamento da praça esportiva. Assim, o Vila mandará sua partida diante do Criciúma, sexta-feira (29), no Estádio Olímpico. O próximo compromisso no local está marcado para o dia 7 de julho, entre Goiás e Luverdense.