O goleiro Jackson Follmann, um dos seis sobreviventes da tragédia aérea com o avião que levava a Chapecoense até a Colômbia, matando 71 pessoas, deixou nesta segunda-feira o hospital onde estava internado desde a queda da aeronave e voltou ao Brasil sob estrito acompanhamento médico.

Após as últimas avaliações feitas no Hospital San Vicente Fundación de Ríonegro, os médicos deram sinal verde para ser transferido a São Paulo, onde Follmann será submetido a uma cirurgia para corrigir a fratura cervical que sofreu na tragédia.

Em uma ambulância escoltada por membros da Polícia Nacional da Colômbia, Follmann deixou o hospital colombiano na companhia de um familiar e do médico Marcos Sonagli, ortopedista da Chapecoense, que o acompanham na viagem de volta ao Brasil.

O goleiro, que teve parte da perna direita amputada por causa dos ferimentos causados pela queda do avião, partiu do aeroporto José María Córdova em um avião com sistema de transporte médico.

Antes da transferência para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o médico Ray Mendoza, porta-voz do San Vicente Fundación, informou que Follmann completou vários dias sem precisar de nenhum tipo de suporte vital e "respirando adequadamente".

Sobre o processo infeccioso nos ferimentos da perna direita, que vinha sendo tratada, mas obrigou os médicos a amputarem mais três centímetros, Mendoza indicou que o tratamento antibiótico foi completado e que o jogador bem às lavagens cirúrgicas realizadas.

O jornalista Rafael Henzel e o lateral Alan Ruschel, outros dois que sobreviveram à tragédia, serão transferidos ao Brasil na terça-feira em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Os dois irão direto para Chapecó.

O zagueiro Hélio Neto continuará hospitalizado na unidade de terapia intensiva do San Vicente Fundación. A boliviana Ximena Suárez, aeromoça da companhia aérea LaMia, por enquanto, não terá alta, segundo informou a Clínica Somer.