Darlan Romani fez história nesta quinta-feira (18), terminando em quinto lugar na disputa do arremesso de peso dos Jogos Olímpicos, no dia em que quebrou duas vezes o recorde brasileiro, e em que o americano Ryan Crouser ficou com o ouro, estabelecendo a melhor marca da competição em todos os tempos.

O catarinense terminou imediatamente a frente da lenda da modalidade, o polonês Tomasz Majewski, que buscava no Rio de Janeiro o tricampeonato olímpico. Com apenas um acerto em seis tentativas, o vencedor da prova em Pequim 2008 e Londres 2012, se tornou uma das grandes decepções da disputa.

A participação de Darlan na final foi a primeira do Brasil, que só havia conseguido vaga na competição de arremesso de peso em 1936, em Berlim, com Antônio Lira, que acabou eliminado ainda na fase classificatória.

A primeira fase de disputa da final teve cada atleta fazendo três arremessos. Darlan, logo na rodada inicial, conseguiu marca de 21m02, novamente quebrando o recorde brasileiro, superando os 20m94 estabelecido pela manhã, que já era a melhor do país.

Na sequência, o catarinense lançou para 20m60 e 20m26, e mesmo sem crescer no desempenho, conseguiu o quinto lugar na classificação, ficando entre os oito que teriam mais três oportunidades de arremessar pelas medalhas.

Na reta final, Darlan queimou o primeiro arremesso e alcançou 20m61 no segundo. Com o quinto lugar garantido, foi para a última tentativa de olho entrar no pódio, mas também errou o lançamento e fechou a participação no quinto posto.

O ouro ficou com o jovem Ryan Crouser, de 24 anos, que superou o compatriota e atual campeão mundial, Joe Kovacs, que ficou com a prata. O segundo colocado na seletiva dos Estados Unidos estabeleceu na quinta a tentativa a marca de 22m54, quebrando recorde olímpico do alemão Ulf Timmermann, obtido em 1988, nos Jogos de Seul.

A medalha de bronze da prova do arremesso de peso ficou com neozelandês Tomas Walsh.