O cinegrafista goiano Ari Júnior começou a profissão em emissoras de comunicação como porteiro em Goiânia na TV Serra Dourada. Conforme informações de um produtor da empresa que preferiu não ser identificado, assim que Ari começou a mostrar vontade e desenvoltura começou a ser testado como auxiliar do editor de videoteipes (VT), para só depois se tornar cinegrafista, área em que se destacou mundialmente.

Ari trabalhou também na TV Anhanguera, do Grupo Jaime Câmara, também na capital, entre 1996 e 1997. Em seguida foi transferido para a Rede Globo de São Paulo e depois para o Rio de Janeiro na mesma emissora.

Acompanhou ainda a equipe do programa Planeta Extremo, no qual tinha como participante o repórter Clayton Conservani. O projeto iniciado como um quadro na programação do Esporte Espetacular, migrou para o Fantástico até se tornar um programa independente. 

O então apresentador Clayton Conservani, em entrevista para o Corujão em janeiro de 2015, pouco antes da estreia do Planeta Extremo como programa, revelou os bastidores da produção. Entre as passagens ele revelou que o repórter cinematográfico Ari Júnior precisou ser amarrado na beira de um vulcão para poder captar as imagens de uma forma mais segura. Ele e todos os integrantes da equipe usam máscaras para se proteger do monóxido de carbono e do dióxido de enxofre, gases tóxicos que o vulcão cospe.

Essa mesma equipe cobriu o primeiro terremoto no Nepal, em 25 de abril de 2015. A equipe de reportagem de Ari foi a primeira a chegar à capital Katmandu. O grupo tinha saído da cidade no dia anterior para gravar uma edição do Planeta Extremo, da TV Globo/TV Anhanguera, quando foi surpreendido pelo terremoto nas proximidades de um vilarejo. 

O goiano estava no acidente que envolveu a aeronave da delegação da Chapecoense nesta terça-feira (29), em Medellín, na Colômbia. Segundo informações oficiais do governo, ele não sobreviveu.