O sérvio Novak Djokovic, que pode perder a liderança do ranking mundial do tênis por causa da derrota desta sexta-feira no Masters 1.000 de Paris para o croata Maric Cilic, reconheceu que não jogou no seu melhor nível nos últimos dois meses e que o britânico Andy Murray merece assumir o topo da categoria.

"Murray está em uma posição muito boa para chegar ao número um. E será merecido se ocorrer. Tenho muito respeito pelo que ele está fazendo. Me lembro que a primeira vez que nos enfrentamos tínhamos 11 anos. O nível que ele alcançou no último ano é extraordinário", disse o sérvio, que domina o ranking desde julho de 2014.

O britânico, que enfrenta o tcheco Thomas Berdych nas quartas de final, poderá chegar pela primeira vez ao posto de número 1 do circuito profissional masculino se chegar à final do torneio.

"Tenho que analisar as coisas e me perguntar para onde quero ir", disse Djokovic, que apostou que encontrará uma "rápida solução" para a queda no nível de jogo sofrida nos últimos meses.

Djokovic, de 29 anos, assumiu que vive um momento de "mistura de emoções e sensações", lembrando de grandes momentos de sua carreira nos dois últimos anos. A derrota para Cilic, disse o sérvio, foi "merecida". Além disso, ele lamentou ter falhado em momentos decisivos da partida, quando cometeu uma dupla falta no segundo set.

O ainda número um do ranking comentou que jogou com dores na mão direita, apesar de não quis citar o fato como desculpa porque a dor faz parte da vida dos atletas.

Foi a primeira vez que Djokovic perdeu para Cilic, contra quem tinha uma vantagem de 14 vitórias e nenhuma derrota.

A derrota de Djokovic, que domina o tênis mundial nos dois últimos anos, deixou o Masters 1.000 de Paris sem seu rei. O sérvio é o maior vencedor do torneio, com quatro títulos, três deles nas últimas três temporadas.