O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, garantiu na tarde desta sexta-feira, dia 27, que a meta de superávit primário das contas públicas será cumprida. Segundo ele, não há "nada que altere isso". Ele lembrou que, assim como houve queda da arrecadação em maio, o governo já anunciou que terá receitas que não estavam previstas, como as do parcelamento de débitos tributários (Refis).

Emissão externa.

O secretário também afirmou que "há janela aberta" para emissão externa, que deverá ocorrer "no próximo período" e será feita em dólar. Questionado sobre a situação da Argentina, Augustin disse que "sempre há eventos que podem ter influência". Questionado se o Tesouro havia "mudado de ideia" sobre emissões externas, Augustin reforçou que não houve mudança na avaliação do órgão no que se refere a esse assunto.

Petrobras.

Augustin também defendeu a negociação da cessão onerosa dos volumes excedentes de quatro campos da camada do pré-sal com a Petrobras. Para ele, foi um bom negócio para a empresa, que ajuda nos investimentos e no crescimento da economia brasileira. Na avaliação do secretário, o ingresso do petróleo que estará à disposição da estatal tem importância significativa para os investimentos. "Fala-se que esses campos têm potencial muito significativo, mais de 10 bilhões de barris, e vão movimentar mais de R$ 1 trilhão", afirmou. Ele disse não saber em qual mês entrarão nos cofres do governo os R$ 2 bilhões do bônus de assinatura que a Petrobras pagará em dinheiro à União por conta da cessão onerosa. Afirmou, porém, que isso deve ocorrer mais para o final do ano.