Os funcionários dos Correios de todo o Brasil retornaram ao trabalho nesta segunda-feira, 9, "em clima de normalidade", diz a estatal, após a greve que paralisou parte dos serviços postais da empresa desde o dia 19 de setembro em todo o País. No Tocantins, a greve havia iniciado no dia 27 de setembro. A expectativa agora é pela assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho, analisado e aprovado em assembleia de trabalhadores na última sexta-feira, 6, que terá validade de agosto de 2017 a agosto de 2018.

O acordo proposto pelo ministro Pereira prevê reajuste de 2,07% dos salários e benefícios, retroativo a agosto de 2017, a manutenção das cláusulas do ACT anterior, compensação de 64 horas e desconto do restante das horas não trabalhadas. O plano de saúde, tratado na cláusula 28, segue em negociação, sob mediação do TST.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Tocantins, Aparecido Rufino, os trabalhadores retornaram às atividades na manhã desta segunda-feira em todo o Estado. Segundo ele, o acordo firmado não atendeu a expectativa da categoria. “Não era bem o que nós queríamos, mas diante da crise que o País passa, foi o que foi possível construir”, avaliou. A assinatura do acordo deve ocorrer nesta terça-feira, 10.

No Tocantins, apenas cerca de 100 dos 780 funcionários da empresa aderiram à paralisação que impactou em maioria nos serviços de distribuição de cartas e encomendas. Um mutirão chegou a ser realizado no último dia 30 (sábado) para compensar as entregas atrasadas.

A distribuição de objetos postais pelos Correios deve estar normalizada em até cinco dias úteis "na maior parte das localidades", projeta a sede da estatal em Brasília (DF). Já os serviços de horário marcado, como Sedex 10 e Disque Coleta, devem voltar ao funcionamento até a quarta-feira, 11.

No último fim de semana, após as entidades sindicais aprovarem a proposta de acordo, os Correios realizaram um mutirão nas regiões em que houve greve e foram entregues mais de 6,6 milhões de cartas e encomendas, com a participação de mais de 22 mil trabalhadores. (Com informações da AE)