O presidente da República Michel Temer (PMDB) assinou no início da tarde desta sexta-feira (29) decreto que estabelece o valor do salário mínimo em 2018 em R$ 954. A nova quantia representa um aumento de R$ 17 - 1,81% - em relação ao valor vigente atualmente, que é de R$ 937.

O reajuste é menor do que a estimativa aprovada pelo Congresso Nacional no fim de outubro, que era de R$ 965. Com o menor valor, o governo federal espera economizar R$ 3,3 bilhões em 2018.

Atualmente, cerca de 45 milhões de pessoas recebem um salário mínimo no País, entre trabalhadores, aposentados e pensionistas. O decreto de Temer dita ainda que o valor do dia de trabalho para quem recebe o salário mínimo será de R$ 31,80 e da hora trabalhada, R$ 4,34.

A medida será publicada ainda nesta sexta no Diário Oficial da União (DOU), em edição extra. O novo valor entrará em vigor no próximo dia 1° de janeiro.

Longe do necessário

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o novo valor do salário mínimo, apesar de ser maior do que o atual, segue longe do considerado necessário para atender as demandas de uma família de quatro pessoas, como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

De acordo com o órgão, a quantia deveria ser, no último balanço, realizado em novembro, de R$ 3.731,39, quatro vezes mais do que o valor que passará a valer no próximo ano.