Algumas companhias de capital aberto estão na mira de analistas pela perspectiva de ganhos com o movimento de torcedores durante a Copa do Mundo do Brasil. O analista Roberto Indech, responsável pela área de estratégias da plataforma de investimentos Rico, listou empresas que devem mostrar alta na receita no segundo trimestre, na esteira da realização do Mundial: Gol, Ambev, Marfrig, JBS, Localiza, IMC e Cielo, entre outras.

Durante o evento, a expectativa é que mais torcedores cruzem os céus atrás de seus times do coração, acabem com os estoques de cerveja, e festejem as vitórias com carne e churrasco.

O movimento maior de passageiros tende a melhorar os resultados de companhias aéreas como a Gol e a rede de restaurantes IMC, que opera em grandes terminais do País, segundo o analista. Com pontos de locação nos principais aeroportos, a Localiza leva vantagem no mercado de aluguel de carros.

O clima festivo é favorável ainda para JBS e Marfrig, que podem ter incremento significativo na receita graças à venda de carnes para comemorações do evento.

A Ambev, por sua vez, será beneficiada pelo aquecimento na demanda por bebidas. Em recente levantamento, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apurou que 21,5% dos brasileiros pretendiam gastar com alimentação por causa da Copa. Deste grupo, mais da metade iria priorizar os supermercados, adquirindo itens como carnes e bebidas para consumo no domicílio, enquanto 23,5% procuraria bares ou restaurantes.

"É difícil mensurar o impacto da Copa na receita dessas empresas, porque é preciso esperar os resultados do segundo trimestre. Mas algumas já foram beneficiadas no primeiro trimestre, como Magazine Luiza, com alta nas vendas de televisores, e Ambev", disse Indech, lembrando que alguns grupos produziram de janeiro a março para que outros vendessem durante a Copa.

A Via Varejo pode vender mais TVs para o Mundial, enquanto a Souza Cruz deve ver subir a demanda de cigarros por torcedores ansiosos. Para a Cielo, a expectativa é de incremento no consumo de bens e serviços relacionados à Copa, previu a Rico.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.