A região da América Latina e Caribe fechará o ano de 2015 com uma recessão de 0,4% e crescerá apenas 0,2% no próximo ano, segundo um relatório da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgado nesta quinta-feira.

O organismo detalhou em seu balanço preliminar anual das economias da região que a recessão prevista para este ano se deve principalmente ao complexo cenário externo.
Venezuela (-7,1%) e Brasil (-3,5%) liderarão as quedas do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto República Dominicana será o país que mais crescerá, com 6,6%.
A secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, disse ao apresentar o relatório que a região mostra uma grande heterogeneidade, com a América do Sul em números vermelhos (-1,6%), devido à queda das exportações de matérias-primas, e América Central e Caribe com um maior dinamismo.
Segundo as previsões do organismo, o país sul-americano que mais crescerá em 2015 será a Bolívia (4,5%), seguida por Colômbia (3,1%), Paraguai (2,9%) e Peru (2,8%).
As economias de Chile e Argentina se expandirão 2,0%, a do Uruguai crescerá 1,5% e a do Equador, 0,4%, segundo o relatório.
Por sua vez, a região da América Central e México fechará 2015 com um crescimento econômico de 2,9%.
A República Dominicana lidera nesta região, com 6,6%, seguida de Panamá (5,9%), Nicarágua (4%) e Cuba (4%).
O Caribe crescerá este ano 1% com São Cristóvão e Névis (5,2%) e Granada (3,4%) à frente, enquanto Dominica será o único país dessa região com números negativos, com uma recessão de 2,7%.
Para 2016, a Cepal prevê uma leve melhoria e a região da América Latina e Caribe se expandirá 0,2%, mas a América do Sul seguirá em recessão (-0,8%), ainda lastrada por Venezuela (-7%) e Brasil (-2%).
Segundo as previsões do organismo, a Bolívia liderará de novo a expansão sul-americana (4,5%), seguida por Peru (3,4%), Colômbia (3%) e Paraguai (3%).
Já as economias da América Central avançarão 3%, com o Panamá à frente (6,2%), enquanto o Caribe registrará um crescimento de 1,6%.