Os bancários podem entrar em greve a partir da próxima terça-feira (6). Hoje (1º), eles fazem assembleias em todo o país para decidir se vão cruzar os braços. No Tocantins, a assembleia acontece às 18 horas na sede do Sindicato em Palmas, localizado na quadra 104 Norte, Rua NE 1,1 Nº 40, Plano Diretor Norte.

Ontem, o Sintec-TO iniciou a entrega dos kits greves para todo o Estado. Neste ano o kit greve é composto por camisetas, cartazes e faixas. Para o presidente Crispim Batista Filho, os banqueiros mais uma vez não atendem as reivindicações da categoria.

“É lamentável a maneira que os donos dos bancos nos tratam. Infelizmente tudo indica que estamos caminhando para mais greve porque nossas reinvindicações não foram atendidas, ficaram bem abaixo do esperado. Lutamos por salários dignos, segurança, saúde, redução de filas entre outros”, destacou Crispim, por meio de sua assessoria.

Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.

A proposta da Fenaban foi de reajuste de 6,5% mais R$ 3 mil de abono para os trabalhadores. O Comando Nacional dos Bancários diz que essa proposta representa perda real de 2,8% (ao se descontar a inflação de 9,57%).

A categoria entregou a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. Já foram discutidos os temas emprego, saúde, segurança e condições de trabalho, igualdade de oportunidades e remuneração. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, são cerca de 512 mil bancários.

Procurada pela Agência Brasil, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não se pronunciou sobre o assunto. Com informações da Agência Brasil.