A montadora Ford Motors pediu que 2.900 donos de veículos Ford Ranger, produzidos entre 2004 e 2006, dos Estados Unidos e Canadá parem de dirigir seus carros. Isso aconteceu na quinta-feira (11), após a confirmação de uma segunda morte com uma Ford Ranger 2006 causada por um inflador de airbag defeituoso produzido pela empresa japonesa Takata.

De acordo com a Ford, as mortes aconteceram em julho de 2017 na Virgínia (EUA) e em dezembro de 2015, na Carolina do Sul (EUA). Segundo a montadora americana, esses infladores foram instalados no mesmo dia em picapes Ranger 2006. Até o momento, 21 mortes no mundo estão ligadas a esses infladores, sendo que 19 ocorreram em veículos da Honda, a maioria nos EUA. Com o defeito, o dispositivo pode lançar estilhaços metálicos dentro dos carros ao acionar o airbag.

Esse já é o maior recall automotivo na história. Com ele, será possível a identificação dos proprietários no grupo de maior risco. “É extremamente importante que todos os airbags de alto risco sejam rastreados e substituídos imediatamente”, explicou a porta-voz da National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), Karen Aldana.

A montadora vai pagar para rebocar as caminhonetes até as concessionárias ou vai enviar equipes até as casas dos donos para fazer os consertos gratuitamente.

Em junho de 2017, a Takata informou que faria o recall ou convocaria cerca de 125 milhões de veículos de 19 montadoras, em todo o mundo até 2019. Esse defeito ainda levou a Takata a entrar em recuperação judicial. A empresa já foi condenada a pagar 1 bilhão de dólares em penalidades criminais relacionadas aos recalls.