Belezas naturais, cada uma com suas características e representando suas etnias com todos os bens culturais. Brigelia Dogiramá, Aldema Terena e Yieime Hernández são três das beldades que que participaram do Cunhã Porã no último final de semana. Fora dos padrões europeus, cada uma das três meninas mostrou o que seu povo tem de melhor e a beleza característica de cada tribo.


Da etnia Embera do Panamá, Brigelia é simpática e fala muito bem. Com 17 anos, ela se orgulha em falar que todas as coisas que usa para se embelezar são produzidas em seu país. A coroa feita com palha é o símbolo do concurso que ganhou em sua aldeia. “Ganhei quando fui escolhida a mais bonita”, afirmou. Entre os cuidados com a beleza, a musa do Panamá pratica esportes, entre eles a natação, e cuida de seus cabelos com um creme a base de abacate. “É uma fruta típica do meu País.”


Tipicamente brasileira com cabelos negro longos e as curvas que não negam a origem, Aldema, 16 anos, faz sucesso. Um pouco tímida, a indígena, filha de carioca com índio, cultiva sonhos além de sua cultura. “Eu quero fazer faculdade e trabalhar com crianças. Só ainda não sei o que vou cursar”, afirmou.
A beleza natural da Terena Aldema é ressaltada apenas no cuidado com o corpo. “Eu pratico muito esporte. Adoro futebol.”Caçula entre cinco irmãos, Aldema conta que na aldeia em que vive, no Mato Grosso, as coisas não são muito diferentes da vida na cidade. “É normal. Poucas pessoas cultivam. Nós estudamos e as pessoas trabalham.”


Já Yeimi, da etnia Bribri, Costa Rica, 16 anos, tem os olhos tímidos desconfiados, mas não fugiu das fotos. A menina indígena garante que não faz nada para cuidar da beleza. “Não gosto muito de esportes. Quando pratico faço futebol, mas não é sempre”, afirmou. (Alessandra Sousa)