-Imagem (1.1801217)Uma medida cautelar do Tribunal de Contas do Tocantins (TCE-TO) determinou a suspensão de um pregão presencial nº 15/2019-SRP da Secretaria Municipal de Infraestrutura de Araguaína no valor de R$ 16.096.202,85 por possíveis irregularidades. A cautelar, expedida pela 5ª Relatoria do órgão e publicada no Boletim Oficial na última terça-feira, 9, ocorreu após ação preventiva da corte, por meio da Coordenação de Análise de Atos, Contratos e Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia (Caeng).O contrato referente à pasta municipal tem como objetivo a formalização da ata de registro de preços para eventual contratação de empresa especializada para realização de serviços de recuperação e manutenção de vias urbanas, e o TCE identificou, entre os possíveis problemas no procedimento licitatório, que não há descrição dos locais detalhados (projetos), em que os materiais em questão serão aplicados, com seus respectivos quantitativos; que não há justificativa apresentada pelo município com relação às quantidades propostas para o pregão, como levantamento de gastos realizados em anos anteriores ou estudo de necessidades para o município durante o período de duração da Ata; não há justificativa técnica que comprove os números ou quantitativos descritos; também não apresentou levantamento sobre a restrição da participação de algumas empresas, e outros pontos.O órgão também destaca que não há lançamento dos projetos no Sistema Integrado de Controle e Auditoria Pública - Módulo Licitações, Contratos e Obras (SICAP-LCO) do TCE, conforme orientação técnica 001/2006 do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (IBRAOP).A Caeng sugeriu a suspensão cautelar da realização da licitação, que tinha data de abertura marcada para esta terça-feira, 9, e defendeu que “o perigo na demora está caracterizado pelo potencial prejuízo que pode sofrer o erário municipal e que a licitação descumpre os princípios gerais da administração pública, especialmente os da legalidade, eficiência e economicidade”.Dessa forma, a cautelar suspende todos os atos decorrentes do Pregão Presencial até que o Tribunal delibere sobre a matéria. No caso de descumprimento, o município pode ser multado e sofrer demais consequências. A decisão determina ainda que o secretário de Infraestrutura de Araguaína, Simão Moura Fé Ribeiro e o pregoeiro Washington Luiz Pereira de Sousa, prestem esclarecimentos no prazo de 15 dias sobre o caso.A reportagem tenta contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Infraestrutura de Araguaína para um posicionamento acerca da determinação.