Senadores esperam recuperar poderes considerados perdidos desde o início da legislatura em um rearranjo de forças entre Câmara e Senado a partir da saída dos presidentes Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A disposição de enfrentar a Câmara foi um dos pontos que pesou a favor da candidatura de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), eleito presidente do Senado no sábado (1º) com o terceiro maior placar da história, tendo 73 dos 81 votos. Reservadamente, parlamentares afirmam que o temperamento de Alcolumbre é completamente diferente do de Pacheco —descrito comumente como diplomático, conciliador, apaziguador e de diálogo. A avaliação é que a mudança de perfil também acontece pelo lado da Câmara, com o novo presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB), mais aberto ao diálogo que o antecessor, Lira.