A Procuradoria se reuniu com o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, nesta quinta, 14, para definir estratégia conjunta de combate ao óleo que se alastra por praias dos nove estados do Nordeste com consequências socioambientais e socioeconômicas. O encontro foi na sede do Ibama.Foram estabelecidas medidas para troca de informações e atuação articulada entre a Justiça, o meio ambiente e a saúde para subsidiar ações de recuperação dos biomas degradados pelo óleo.Foi reconhecida a necessidade de se realizar uma varredura para conhecer a situação geral de toda a região afetada. Centros de pesquisa acadêmica deverão ser incluídos na busca por metodologias mais adequadas a cada caso.ProcuradoriaDurante a reunião, os procuradores do Ministério Público Federal apresentaram panoramas de cada um dos estados afetados e possíveis soluções sugeridas por órgãos ambientais e por setores de pesquisa de universidades federais e estaduais.Entre os assuntos em pauta, foi debatida a possibilidade de utilização de técnicas experimentais de biorremediação ainda em fase de testes que possam se mostrar eficazes na descontaminação dos ecossistemas.Este trabalho estaria voltado principalmente para a descontaminação de ecossistemas mais sensíveis como corais e mangues, cujo trabalho de limpeza é mais complexo.“Precisamos nos abrir para soluções que sejam efetivas em recuperar o que foi prejudicado”, disse o subprocurador da República Nívio de Freitas, coordenador da Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural da Procuradoria.Para ele, o momento é de unir esforços para dar uma resposta à sociedade, em especial aos nordestinos, que vivem em grande apreensão. “Todos aqui temos o mesmo objetivo em mente, afinal todos somos vítimas.”Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente. Foto: Nilton Fukuda/EstadãoMinistério do Meio AmbienteO Ministério do Meio Ambiente busca o apoio de empresas da indústria cimentícia para efetuar a incineração do material coletado, com o transporte do óleo recolhido diariamente nas praias feito pela Marinha, disse Salles.Ele destacou a importância do trabalho conjunto entre os órgãos. “Estamos aqui para dar todo o apoio necessário aos estados para que essa situação esteja solucionada o mais breve possível.”IbamaPara Eduardo Bim, o diálogo interinstitucional fomenta a troca de boas práticas. “Temos conversado com todos os estados e agido de forma preventiva por meio do constante monitoramento. Estamos adaptando diariamente o plano de contingência a partir das informações que nos chegam para adequar o enfrentamento do problema do óleo.”