Desdobramento da Operação Imhotep, a Operação “Highline” da Polícia Federal cumpre 7 mandados de busca e apreensão nos municípios de Sampaio, Augustinópolis e Palmas expedidos pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região em ação contra um grupo criminoso apontado como responsável por desvios de recursos públicos do PNATE (Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) e FNS (Fundo Nacional de Saúde). A Operação Imhotep, deflagrada em outubro de 2019, investiga organização criminosa integrada por ex-assessores parlamentares estaduais, funcionários públicos e empresários, que teriam desviado cerca de R$ 3 milhões de recursos públicos, por meio de superfaturamento de contratos. A PF informa que os supostos desvios ocorrem por fraude a licitações, superfaturamento de contratos e corrupção de agentes públicos. Em Sampaio, a PF também investiga a suspeita de lavagem de dinheiro, por meio do pagamento de propina ao prefeito, por meio de um veículo. O modelo do carro inspirou o nome da operação, segundo a PF, que emprega cerca de 30 policiais federais no cumprimento dos mandados. Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, fraude em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.A Polícia Federal afirma que a logística da operação adota protocolos para a prevenção ao contágio do novo coronavírus, com distribuição de EPIs a todos os envolvidos na missão para preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus familiares. O atual prefeito de Sampaio é Armindo Cayres (PR), irmão do deputado estadual Amélio Cayres (SD), mas a PF não confirmou o nome de nenhum dos alvos até a publicação da matéria. O JTo ligou para a prefeitura de Sampaio às 7h30, hora que começa o expediente e, seguidamente, até as 8h11, quando uma recepcionista atendeu à ligação, mas disse que não havia ninguém ligado ao prefeito que pudesse atender à reportagem. O JTo também falou com a defesa do prefeito em ações do município, mas os advogados disseram que não estão nesse caso. Na Operação Imhotep (assessor, do Egito) da PF e Controladoria-Geral da União (CGU) houve a prisão do empresário João Paulo Silveira, da esposa dele, Jacianny Amaral Maciel Silveira e Joaquim Alves da Silva Júnior, vice-presidente da Coopertransmed (Cooperativa de Trabalho dos Transportadores do Norte e Nordeste do Brasil), da preogeira Dagna Martins da Cruz Sousa e alcançou o servidor comissionado da Assembleia Legislativa, Irisfran Pereira, chefe de gabinete do deputado Amélio Cayres (SD), e de familiares do servidor . Entre os endereços alvos de busca e apreensão da Imhotep estavam as residências relacionadas a parentes do chefe de gabinete de Amélio Cayres, Irisfran Pereira, incluindo o pais dele, Francisco Pereira, que já atuou como diretor da cooperativa. Ele é apontado como laranja do assessor do parlamentar, com quem a "organização criminosa tem uma relação de proximidade". Outros alvos da família dele são o irmão Israel Pereira e a mãe Irene de Sousa Pereira, usados para constituir a cooperativa.Além de Irisfran, outro servidor do deputado Marcioney Barros Monteiro, atual assessor parlamentar de gabinete das Comissões Permanentes, e seu irmão, o ex-candidato a vice-prefeito de Sítio Novo, José Valnei Barros Monteiro, tiveram endereços alvos de busca e apreensão pela PF na Imhotep. -Imagem (1.2070360)