-Imagem (1.1899778)A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Imhotep na manhã desta quarta-feira, 2, em 14 cidades do Tocantins e duas do Maranhão. A ação tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes em certames públicos, principalmente para transporte escolar, além de corrupção, desvio de recursos públicos. Mais de 100 policiais federais e 12 auditores da Controladoria Geral da União cumprem 28 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva, além do sequestro de 11 veículos avaliados em R$ 1,5 milhões, bloqueio de imóveis e de R$ 2,5 milhões dos investigados, bem como a suspensão de contratos em 11 municípios do Tocantins, em cumprimento a decisão judicial expedida pela 1ª Vara Federal de Araguaína.Conforme a assessoria de comunicação da PF, a operação ocorre em Palmas, Pugmil, Augustinópolis, Palmeiras do Tocantins, Praia Norte, Sampaio, Sítio Novo do Tocantins, Araguatins, Buriti do Tocantins, São Sebastião, São Miguel, Praia Norte, Carrasco Bonito, Nazaré, Imperatriz (MA) e Sítio Novo do Maranhão (MA). Em Palmeiras e Pugmil há mandados sendo cumpridos na Prefeitura, onde os servidores teriam sido impedidos de entrar devido a ação.A organização teria fraudado mais de 20 processos licitatórios para locação de veículos de transporte escolar, palcos realização de eventos, com pagamento de propina a agentes públicos. Essas ações criminosas favoreceram cinco empresas ligadas ao grupo criminoso.A Polícia explicou que a investigação teve início com a informação de um morador de uma das cidades do “Bico do Papagaio”, que narrou irregularidades na contratação de uma falsa cooperativa de transporte por municípios da região. Ainda segundo o morador, os sócios são ou foram assessores parlamentares de um deputado estadual do Tocantins.A investigação aponta que a organização, entre 2017 a 2019, teria recebido mais de R$ 41 milhões devido aos contratos fraudados, sendo que pelo menos R$ 5 milhões seriam resultado direto de desvio de recursos públicos.Conforme a Controladoria foi apurado que, somente entre os anos de 2017 e 2018, a principal empresa envolvida que seria uma cooperativa de fachada, com capital social de R$ 6,5 mil teria sido favorecida por empenhos em 19 municípios. Esses contratos superfaturados totalizaram mais de R$ 16,6 milhões.Além dos danos aos cofres públicos, a Controladoria frisou o impacto na vida dos estudantes uma vez que os serviços de transporte escolar eram prestados por terceiros subcontratados pela cooperativa com veículos inadequados, em sua maioria.NomeO nome da operação faz alusão a Imhotep, considerado o maior assessor de todos os tempos e arquiteto da primeira pirâmide do Egito, onde, longe dos olhos do público e de curiosos, se acobertava grandes riquezas. -Imagem (1.1899816)