O presidente Jair Bolsonaro e a sua gestão frente ao Palácio do Planalto seguem em seu momento de maior rejeição, segundo pesquisa PoderData realizada nesta semana (19-21). As taxas ficaram estáveis em relação às do levantamento anterior, feito 15 dias antes, com variações dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.Na pesquisa divulgada nesta quarta-feira (21), 56% avaliam o presidente como ruim ou péssimo, uma oscilação de um ponto para cima em relação a duas semanas antes. Para 26%, o desempenho de Bolsonaro é bom ou ótimo; 15% o avaliam como regular.O PoderData faz duas perguntas aos entrevistados: uma sobre a avaliação do desempenho pessoal do presidente e outra sobre seu governo. Nessa última, são dadas três opções: aprova, desaprova ou não sabe.Os resultados mostram que a gestão bolsonarista é aprovada por 32% e reprovada por 62%. Outros 6% não sabem como responder. Essas taxas também variaram na margem de erro.PoderData vai a campo a cada 15 dias desde abril de 2020 para medir a percepção da população sobre o desempenho pessoal do presidente da República e a avaliação do governo. A frequência das pesquisas permite a captação tanto de variações repentinas na opinião pública quanto de tendências mais longas: No curto prazo – o “salto” de rejeição verificado 15 dias antes dá sinal de que pode ter se esgotado ou, ao menos, desacelerado. A reprovação segue em nível recorde, mas o patamar se manteve nestas duas últimas semanas; No médio prazo – Bolsonaro segue no quadro de alta rejeição registrado desde março, quando o país atravessava a 2ª onda de covid-19, a mais devastadora.Os 15 dias que separam este levantamento do anterior foram de menor tensão política. O Congresso entrou em recesso, o que interrompeu as atividades da CPI da Covid, fonte de cobertura midiática negativa para Bolsonaro. O presidente acenou aos outros Poderes, ganhou ampla exposição no noticiário ao ser internado para uma cirurgia –que acabou descartada– e, no início desta semana, deu 3 entrevistas em 2 dias. É cedo para afirmar se o quadro estável indica uma tendência que vá se manter nas próximas pesquisas.Esta pesquisa foi realizada no período de 19 a 21 de julho de 2021 pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.Foram 2.500 entrevistas em 427 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.DESTAQUES DEMOGRÁFICOS: AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE BOLSONAROOs que têm de 25 a 44 anos (61% desse grupo), os moradores da região Nordeste (62%), os que cursaram ensino superior (66%) e os desempregados ou sem renda fixa (61%) são os estratos que mais rejeitam (“ruim”+”péssimo”) o desempenho de Bolsonaro.Já os homens (32%), os moradores das regiões Sul (38%) e Norte (33%) e os que ganham de 5 a 10 salários mínimos (33%) são os que mais aprovam.DESTAQUES DEMOGRÁFICOS: AVALIAÇÃO DO GOVERNO escolaridade – 73% dos que têm ensino superior desaprovam o governo; região – 70% no Nordeste desaprovam a gestão bolsonarista; 52% no Norte aprovam –é o único dos 19 estratos em que a aprovação supera a reprovação; renda – 69% dos desempregados ou sem renda fixa rejeitam o governo; 47% dos que ganham de 2 a 5 salários mínimos aprovam.