O MPF-SE (Ministério Público Federal em Sergipe) enviou à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal um ofício em que pede que seja mantida a quebra do monopólio da Taurus, empresa fabricante de armas.O documento assinado pelos procuradores Flávio Matias, Lívia Tinôco e Martha Figueiredo, também foi encaminhado à Frente Parlamentar Mista de Segurança Pública - conhecida como “bancada da bala”. O texto se baseia na discussão do decreto que flexibilizou o porte de armas, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro em 7 de maio.Os procuradores alegam que o decreto promove “o fim do monopólio no mercado nacional de armas e munições, ao se sobrepor nos artigos 43 a 53 ao que dispõe o Regulamento 105 do Comando do Exército”.“Trata-se, na visão do Ministério Público Federal, de salutar medida no sentido de garantir a livre concorrência no mercado, garantido assim a segurança pública, por meio da opção de aquisição de melhores armamentos”, acrescenta.Em 2017, o MPF de Sergipe já havia ajuizado uma ação contra a União e a Taurus, diante do alto número de acidentes envolvendo armas e munições da empresa. No texto, o MPF também pede a substituição ou reparo dos artigos, a quebra de obstáculos para importação de armamentos similares àqueles comercializados pela Taurus. A ação pede ainda o pagamento de indenização de R$ 40 milhões por danos morais coletivos e que a fabricante seja impedida de comercializar os produtos que apresentaram defeitos.O MPF ainda considera que há um dano imenso ao erário, uma vez que todas as forças de segurança do Brasil utilizam artigos da Taurus. São elas:Guardas Municipais;Polícias Estaduais e Federal;Forças Armadas.Foram identificados diversos casos de falhas no disparo ou disparos acidentais em armas produzidas pela empresa.