-Imagem (Image_1.878725)A promotora de Justiça Laryssa Santos Machado Filgueira Paes, em substituição, indicou 9 testemunhas de acusação para o julgamento do tribunal do júri de Vilmar Martins Leite, 85. Isabel sofreu estupro antes de ser morta com pancadas na cabeça. O réu é um dos pronunciados desde 2015, a enfrentar o júri por homicídio qualificado como crime cometido com pagamento, por motivo torpe, tortura e que dificultou a defesa da vítima.Ele chegou a ser preso após ser mandado a júri, em 2015, mas conseguiu prisão domiciliar desde 2016. A promotora indicou nove testemunhas, entre agentes de Polícia Civil (Ivon Ribeiro Lopes, Adalto Alves da Silva e Ubiratan Rebelo do Nascimento), o delegado de polícia Evaldo de Oliveira Gomes, e mais outras cinco testemunhas: Maria de Fátima Matos Câmara; Edna da Silva Azevedo; Márcio Carlos da Silva; Cleidivam da Silva e Rosalina Pereira da Silva. A defesa também deve indicar suas testemunhas. Elas serão ouvidas no dia do julgamento em plenário. Vilmar pediu a revogação da prisão domiciliar. Em despacho no dia 10 de novembro, a juíza Wanessa Lorena Martins de Sousa Mota determinou a realização de audiência de justificação do réu, com urgência. Ela também autorizou a saída do réu para ir votar no dia 15, mas, segundo a defesa, o "estado precário" da saúde do réu não permitiu votar. Trama nefasta Segundo a denúncia, a morte da professora decorre de uma trama política, em um episódio que chocou o interior profundo do Tocantins. O esposo da professora, Sérgio Mendes, recebeu uma pulverizadora durante a campanha eleitoral do prefeito eleito em 2008, Richard Santiago, em troca de votos. Santiago derrotou Ione Leite, esposa de Vilmar Leite. O candidato a vice de Ione, Clênio da Rocha Brito, e seus correligionários Jenner Santiago Pereira e Ronaldo Espíndola descobriram a doação e Vilmar Leite ofereceu R$ 40 mil para que ele depusesse contra o eleito. Isabel soube do acordo no qual o esposo chegou a receber uma parcela de R$ 15 mil e o restante sairia após o julgamento. A denúncia cassou o prefeito e beneficiou a esposa de Vilmar, segunda colocada nas eleições. Com o casal em crise conjugal, a professora pediu parte do dinheiro ao esposo, que afirmava estarem sendo ameaçados. Isabel procurou os responsáveis e exigiu o pagamento de Jenner, Clênio, Ronaldo e Vilmar Leite senão denunciaria o caso à Justiça. O grupo é acusado de ter contratado Anderson de Araújo Souza e Roseli Francisco Alves da Silva para executar a professora. O crime teria sido motivo para calar a vítima que cobrava sua parte no supostamente idealizado por Vilmar Leite. Um dos envolvidos confessou que professora chegou a ser estuprada para disfarçar a execução. Dos dez acusados de participação no crime, Sérgio Mendes da Silva (marido da vítima), Wagner Mendes da Silva (cunhado da vítima), Roseli Francisco Alves da Silva e Anderson de Araújo Souza tiveram o julgamento concluído, com condenação pela morte. Já os irmãos Antônio Batista da Silva Filho e Ronisley Mendes da Silva tiveram absolvição confirmada pelo Júri, das acusações dos crimes de estupro e homicídio qualificado da professora. Faltam serem julgados Vilmar, Jenner e Clênio.