O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Napoleão Nunes Maia Filho atendeu ao pedido do vice-procurador-geral da República Luciano Mariz Maia e arquivou o primeiro inquérito da Operação Catarse que subiu para o tribunal em Brasília, em relação ao governador Mauro Carlesse (DEM). Na decisão, do dia 1º de agosto, mas publicada no Diário da Justiça desta quinta-feira, 8, o ministro remete o inquérito para que o Tribunal de Justiça (TJTO) conduza as investigações sobre a deputada estadual Valderez Castelo Branco (PP). Esse é o inquérito que apura a situação da investigada Maria do Socorro Fontes de Sousa, contratada entre 2016 e 2018. Segundo a polícia civil, a ex-servidora atuava na campanha eleitoral da deputada e do governador.Segundo o ministro, o MPF requereu, indiretamente, o arquivamento das investigações em relação ao governador “por não terem sido trazidos elementos de corroboração suficientes que indicassem sua participação”. Há mais dois outros dois no STJ aguardando manifestação da Procuradoria da República e decisão do ministro e na Justiça Estadual pelo menos outros 12 inquéritos da mesma operação da Polícia Civil.Um procurador da república explicou à coluna, sob sigilo de identidade, que esse procedimento adotado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ocorreu porque o inquérito estava há muitos dias no STJ, sem manifestação do órgão. “Depois, quando recebermos mais IPL (inquéritos), se tivermos mais indícios robustos do envolvimento (do governador)” o órgão poderá pedir a reabertura dos procedimentos investigatórios.Na decisão, o ministro também fez essa ressalva, ao definir a competência do TJTO para “prosseguimento das investigações em relação aos demais investigados; sem prejuízo de retorno dos autos para esta Corte para as devidas averiguações e providências, na eventualidade de serem apurados indícios de participação de agente com foro por prerrogativa de função”.