O governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), comunicou nesta sexta-feira, 12, por meio de uma carta, a renúncia de seu mandato político. O documento foi registrado no protocolo da Assembleia Legislativa do Tocantins. A carta afirma que tem como finalidade apresentar de forma "tranquila e serena sua defesa junto ao Poder judiciário em relação às injustas e inverídicas acusações que lhe foram imputadas". Por meio do documento, Carlesse ainda afirma que se apoia em fundamentos constitucionais que assegurem, em primeiro lugar "o respeito ao princípio da presunção de inocência e de não culpabilidade". A carta também ressaltou que sua renúncia é prova não somente de abnegação ao cargo público, mas também de postura voltada à estabilidade política, econômica, fiscal e jurídica para o Estado. "Deseja deixar expresso também que com sua atitude busca evitar uma crise institucional decorrente da exposição desnecessária dos poderes executivo, legislativo e judiciário". Carlesse também disse que tem absoluta confiança no poder judiciário e que está convicto de que reconhecera sua inocência. Por fim, o governador afastado agradeceu aos cidadãos do Estado, servidores, imprensa e demais meios de comunicação, que segundo ele, "auxiliaram a recolocar o Tocantins nos trilhos do equilíbrio fiscal, financeiro e administrativo". A carta foi protocolada às 14h43 desta sexta-feira, um pouco antes da sessão extraordinária em que ocorreria o segundo turno de votação do impeachment de Mauro Carlesse. No primeiro turno desta votação, ocorrido na última quinta-feira, 10, os 24 deputados estaduais votaram a favor da destituição de Carlesse.