O deputado Marco Feliciano (Podemos-SP) publicou na manhã desta segunda-feira (16) em sua conta no Twitter um elogio torto ao vice-presidente da República, general Hamilton Mourão. Segundo Feliciano, Mourão teria confessado uma suposta “conduta indecorosa” em relação ao presidente Jair Bolsonaro, o que seria louvável.O deputado referiu-se a uma entrevista que Hamilton Mourão deu ao jornal Correio Braziliense, publicada nesta segunda-feira. Questionado sobre o comportamento do presidente da República, Mourão afirmou: “Sou vice-presidente do presidente Bolsonaro. Então, não compete a mim, publicamente, tecer críticas a ele. Estaria sendo desleal e canalha se fizesse isso. Então, todas as vezes que discordo de alguma coisa dele, eu falo em particular”.Diz o congressista na publicação: “Como pastor, louvo a confissão de @GeneralMourao da sua conduta indecorosa, por mim denunciada no pedido de impeachment contra ele. Elogiaremos ainda mais se a conduta for abandonada, e ele for leal ao PR @jairbolsonaro! O que confessa e deixa, alcança misericórdia (Pv. 28:13)”.Em entrevista ao @correio Brazilense @GeneralMourao disse: “Não compete a mim, publicamente, tecer críticas ao presidente. Estaria sendo desleal e canalha se fizesse isso”. Depois de 9 meses, finalmente me ouviu e mudou de postura! LEALDADE AO PR @jairbolsonaro! pic.twitter.com/TFrIKhqSB9— Marco Feliciano (@marcofeliciano) September 16, 2019Como pastor, louvo a confissão de @GeneralMourao da sua conduta indecorosa, por mim denunciada no pedido de impeachment contra ele. Elogiaremos ainda mais se a conduta for abandonada, e ele for leal ao PR @jairbolsonaro! O que confessa e deixa, alcança misericórdia (Pv. 28:13).— Marco Feliciano (@marcofeliciano) September 16, 2019Entenda o casoO nome de Feliciano é ventilado como um possível vice para Jair Bolsonaro em 2022, caso este tente reeleger-se no Planalto.O pastor não esconde querer assumir a função atualmente ocupada por Mourão –à revista Época, já afirmou que “em 2022, Bolsonaro terá um vice-presidente evangélico” e colocou-se como nome mais indicado: “Se não temos um nome que converge todas as igrejas evangélicas, não tenho dúvidas de que tem de ser um nome que transite em todas elas. E não vejo quem faz isso hoje melhor do que eu”.Feliciano chegou a entrar com um pedido de impeachment contra o general em 16 de abril de 2019, acusando o general de “comportamento indecoroso”. Citou um like do vice-presidente em um texto crítico ao governo publicado pela jornalista Rachel Sheherazade. A requisição foi arquivada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.