-Imagem (1.1224997)A Justiça do Rio de Janeiro decretou a falência da rede de churrascarias Porcão, assim informou o colunista do jornal O Globo Ancelmo Gois, ontem. O Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) investiu cerca de R$ 400 milhões no empreendimento e desse valor o órgão ainda tem R$ 303 milhões para receber. O órgão também é sócio majoritário do empreendimento e já tem enfrentado problemas na Justiça do Trabalho em razão de ex-funcionários do Porcão.Para o presidente do Igeprev, Jacques Silva, o decreto de falência complica ainda mais o recebimento desses valores. “Já não tenho nenhuma esperança de recuperar esse recurso, pois os bens de maior valor do Porcão eram dois frigoríficos, já pegos por outros credores”, contou. As aplicações feitas no Porcão ocorreram nos anos de 2011 e 2012 por meio dos fundos de investimentos Roma, FP1 Multimercado, NSG Varejo e Alimentação FIP e FI Ônix, que posteriormente adquiriu cotas da holding Brazal Brasil Alimentos (Brazal) ou Brasil Foodservice Group (BFG), que administra as churrascarias Porcão.“Hoje temos trabalhado para não haver mais prejuízos. O Igeprev responde solidariamente nas ações trabalhistas contra o Porcão, situação que não está tão grave porque o memorando que estabelece essa sociedade foi suspenso, mas em caráter cautelar”, contou. Silva explicou que uma das ações adotadas pelo Igeprev foi anular a sociedade feita com o Porcão.Em um memorando de entendimentos, assinado em setembro de 2013 entre a Brazal/BFG e o Igeprev, foi definido ingresso do órgão como sócio. Esse mesmo documento também estabeleceu mais um investimento futuro de R$ 47,4 milhões no Porcão. O memorando foi assinado pelo presidente do instituto na época, Rogério Villas Boas, e o superintendente na época, Edson Santana Matos. Sendo que o acordo foi ratificado no ano seguinte – 2014 - pelo presidente do Igeprev, naquele período, Francisco Flávio Salles Barbosa.Amparado por esse memorando, a Brazal/BFG cobrou na Justiça do Rio de Janeiro, no ano passado, que o Igeprev fizesse o investimento. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) recorreu aqui no Tocantins e conseguiu uma liminar suspendendo os efeitos do memorando.EntendaConforme Gois, a decisão foi dada pelo juiz em exercício na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Paulo Assed Estefan, pela impontualidade de pagamento de dívida. O juiz determinou que os estabelecimentos das empresas falidas - Porcão Licenciamentos e Participações e da sua incorporadora Brasil Foodservice Manager - sejam lacrados.