O juiz Baldur Rocha Giovannini aceitou a denúncia do Ministério Público estadual e colocou no banco dos réus Nélio dos Santos Almeida, 45, e o vereador Narcizo Marcos Alves Borges, 53, o Marcão da Caçamba (MDB), reeleito em 15 de novembro, com 238 votos, o segundo mais votado em Almas, sudeste do Tocantins.A decisão é de 15h56min desta sexta-feira, 8, e dá o prazo de 10 dias para o vereador e o amigo responderem à acusação do promotor Luiz Francisco de Oliveira. Segundo a denúncia, os dois constrangeram o servidor público Israel Fonseca dos Santos, 50 anos, com violência e ameaça, para receber R$ 4 mil de uma aposta feita entre Nélio e Israel. Segundo a denúncia, Nélio e Israel apostaram o montante sobre quem seria o vereador mais votado, com Nélio apostando em Marcão e Israel em Osvaldo (Republicanos). Apurados os votos, Marcão alcançou 238 e Osvaldo 228. O servidor sofreu então pressão dos dois para pagar o valor, incluindo agressões com tapa e com um cabo de rodo cometidas pelo vereador.O amigo do vereador acabou preso após o servidor ter combinado e efetuado o pagamento do valor no escritório do advogado Raimundo Sabino Pereira da Silva Neto, 29 anos, testemunha do caso. Confira o trecho narrado pelo promotor sobre a suposta extorsão.Nélio está preso na Casa de Prisão Provisória de Dianópolis. Marcão não se apresentou à Polícia nem tomou posse no dia 1º de janeiro. Em seu lugar, o presidente municipal do partido compareceu com uma procuração e, após a posse, ainda participou da eleição da mesa diretora.Pelo Regimento da Câmara de Almas, em seu artigo 7º, inciso V e parágrafo primeiro, o vereador “não poderá ser empossado através de procurador”, mas pode tomar posse em até 15 dias, como prevê o artigo seguinte. O prazo pode ser prorrogado porá mais 15 dias em caso por “motivo de força maior ou enfermidade, devidamente comprovada”.-Imagem (1.2178150)