Em mais um inquérito concluído na Operação Catarse, que investiga servidores suspeitos de serem fantasmas no Executivo e Legislativo estadual, a Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC) de Araguaína indiciou a irmã da deputada estadual Valderez Castelo Branco (PP) Maria do Perpétuo Socorro Castelo Branco pelos crimes de peculato e falsidade ideológica. A deputada não aparece nessa investigação. Essa vertente da Catarse mira servidores da extinta secretaria de Governo, órgão do Poder Executivo.Essa servidora teve o indiciamento preliminar em maio deste ano ao lado de outra irmã. Agora, neste relatório final, a Polícia inclui ainda a ex-chefe de gabinete da Secretaria de Governo na gestão de Marcelo Miranda (MDB) Noélia Terezinha Vieira de Carvalho e o ex-superintendente de Administração e Finanças do órgão Jânio Potengi Cirqueira de Carvalho. Potengi está indiciado apenas por falsidade ideológica porque, segundo a Polícia, ele referendava falsas frequências da servidora.No relatório, o delegado de Polícia adjunto da DEIC, Bruno Boaventura Mota, representa pelo sequestro de bens dos envolvidos no valor de R$ 171.240,00. O valor, segundo os investigadores, é o prejuízo causado aos cofres públicos pagos à servidora sem que ela cumprisse suas funções e corresponde ao total de salários (de R$ 4,5 mil) pagos mensalmente à investigada, mais benefícios como férias e 13º.Após análise de documentos e oitiva de testemunhas, os investigadores concluíram que a servidora esteve lotada na secretaria particular do Governador, em Palmas, entre abril de 2016 e dezembro de 2018 sem frequentar o órgão ou prestar serviço, qualquer tipo de trabalho ao Estado.Segundo a DEIC, no início de cada mês os envolvidos recolhiam as folhas de frequência em branco para a chefe de gabinete que as devolvia preenchidas e assinadas para referendo do superintendente.