O governo federal estima, segundo interlocutores, que o aumento de recursos para a fiscalização ambiental – anunciada nesta quinta (22) pelo presidente brasileiro na Cúpula do Clima – ficará em torno de R$ 115 milhões. Os recursos devem ser utilizados, entre outras finalidades, para custear o emprego da Força Nacional nas ações de combate ao desmatamento – proposta criticada por ambientalistas.O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta quinta que a suplementação orçamentária será utilizada em parte para viabilizar as ações da Força Nacional. A corporação é formada por policiais militares dos Estados e atualmente é comandada por Antônio Aginaldo de Oliveira, marido da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), que, por sua vez, preside a Comissão de Meio Ambiente da Câmara.Em entrevista coletiva após a participação do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima, Salles afirmou que ainda não era possível determinar qual o valor do aporte ao Orçamento atual.“O que houver de disponibilidade o presidente vai dobrar o recurso. É importante porque dá sustentação a esse pagamento que eu me referi há pouco, às equipes da Força Nacional – que podem aumentar substancialmente –, e porque se somam ao que já têm de equipes e logística de Ibama, ICMBio e Polícia Federal”, disse. “Contar com o apoio logístico das Forças Armadas na Amazônia é muito importante.” De acordo com Salles, para escalar o volume de equipes e batalhões ambientais com a Força Nacional “é preciso ter recursos adicionais, porque além das diárias e do pagamento pela logística, você tem custos bastante elevados de deslocamento”. O recurso em parte é para suprir essa ação.” O ministro afirmou que ainda não é possível revelar valores devido às negociações entre Executivo e Congresso em torno do Orçamento 2021, no qual as ações de fiscalização e prevenção a desmatamento e queimadas somam R$ 152,4 milhões.