A advogada Ângela Issa Haonat é a escolhida pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) para a vaga de desembargadora do Tribunal de Justiça do Tocantins. A escolha do gestor recaiu sobre a mais votada, com 10 votos, na sessão desta quinta-feira 5. Os outros dois membros da lista tríplice eram Arthur Oscar Thomaz Cerqueira e Marcos Antônio de Sousa.Segundo divulgou o Tribunal, Ângela Issa Haonat, professora universitária radicada em Palmas e ex-juíza eleitoral (2017 a 2021) recebeu dez votos. O advogado portuense Arthur Oscar Thomaz Cerqueira recebeu sete votos. O professor universitário colinense Marcos Antônio de Sousa, alcançou seis votos.Com Ângela, o tribunal passará a ter 5 mulheres em sua composição, ao lado de Jacqueline Adorno, Ângela Prudente, Maysa Rosal e Etelvina Sampaio. Completam as 12 vagas, os desembargadores João Rigo, presidente, Marco Villas Boas, Eurípedes Lamounier, Helvécio Maia, Pedro Nelson, Adolfo Amaro e Ronaldo Eurípedes (afastado pelo Superior Tribunal de Justiça e substituído pelo juiz Jocy Gomes). “Eu preferi respeitar a escolha dos próprios pares, pois em todas as listas a doutora Angela tem sido a mais votada, então optei pelo nome dela. E também decidi de imediato porque só poderia escolher um nome não queria que gerasse nenhuma especulação”, disse o governador, por telefone. Barbosa cumpria agenda em Araguaína, na abertura da Expoara.A nova desembargadora disse esperar deixar sua contribuição ao Judiciário do Tocantins. “Sinto-me honrada de participar do processo de escolha da vaga de desembargador/a pelo quinto constitucional. Agradeço a OAB/TO pela expressiva votação, a unanimidade dos votos no Tribunal de Justiça e a honrosa nomeação pelo Governador Wanderlei Barbosa. Espero contribuir para a excelência da prestação jurisdicional Tocantinense.”A vaga era de Amado Cilton Rosa aposentado compulsoriamente no ano passado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), oriundo do Ministério Público. Um processo administrativo do Tribunal de Justiça concluiu que a vaga deveria ficar para quinto constitucional da classe de advogados e não do Ministério Público. Atualmente, o juiz José Ribamar Mendes Júnior ocupa o posto após convocação do TJ para substituir Rosa temporariamente.A última escolha de um advogado ocorreu há dez anos, quando o então governador Siqueira Campos selecionou Ronaldo Eurípedes. Desde o ano passado, o desembargador está afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) após investigação sobre venda de decisões nas operações Toth e Madset. Eurípedes responde a duas ações penais ajuizadas pela Procuradoria-Geral da República com base nas investigações da Polícia Federal.